Imagine um corpo. De qualquer cor e formato. Pode ser o seu. Mas se você imaginar o seu, desapegue. Ele agora é só um corpo imaginado por esse texto.
Esse corpo está de olhos fechados e em pé na sua frente. Observe a cabeça. Será que ela e o restante do corpo se dão bem? Ou será que a cabeça só ouve a amiguinha imaginária dela, a mente?
Os olhos se abrem.
Calma, não precisa se assustar. A mente aparece até quando não é chamada. Ela é danadinha, mas tem seu lado bom: senso de humor, memória, inteligência, criatividade... Por isso a cabeça a inventou, estava um tédio viver só com sensações inominadas.
Vale a pena sentir sem entender ou lembrar?
A mente fez a cabeça achar que não.
Mas mente, como o próprio nome já diz, não é um poço de verdades. Gananciosa, medrosa, controladora. Ela manipula e engana para conseguir o que quer. Praticamente uma novela mexicana da Anatomia.
A culpa não é da cabeça, coitada. Teve de inventar a mente porque estava se sentindo sozinha... O resto do corpo fala, mas não tem senso de humor.
A gente ri com a mente, o resto do corpo é assunto sério.
Minha mente só é rápida para bobagens. Infelizmente nem tudo na vida é bobagem. Ela e meu coração estão em guerra. Meu coração é impaciente. Eu não entendo o que sinto. E eu sinto muito. Em todos os sentidos e sentimentos.
Protucta Orgósmico.
Porque quando a gente inventa palavras que não existem elas podem significar qualquer coisa.